A matemática muito além do papel!
- Professora Evelyn
- 26 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
Prof. Juliana Tancredi
Prof. Evelyn
Tão pequeno e já está me olhando... é incrível! mas posso sair da sua frente que seus olhinhos me seguem. Assim, começa a brincadeira do bebê o entra e sai do campo de sua visão, ele sorri e continua, é pura brincadeira! Isso seria matemática? Sim, o longe e o perto o vazio e o cheio, quando aparece o rosto na sua frente.
A criança pequena como coloca Montessori (2017) é uma esponja a qual absorve tudo ao seu entorno, seu interesse está no fazer, sendo nós os guias para este processo temos que ter a consciência de nossos atos, pois por meio do fazer lúdico ou cotidiano da criança, ela está em constante desenvolvimento.
Quando pensamos em matemática para a educação infantil, não estamos apenas nos referindo a numerais, quantidade ou formas. Mas sim, a natureza em harmonia com a criança, pois a matemática encontra-se em todos os lugares em diferentes formas, daremos alguns exemplos:
Vamos pensar nas brincadeiras quando a criança já começa andar e correr, ela agora sente passo a passo seus pezinhos no chão e não se cansam de andar por toda parte, podemos dizer que tem pilhas nos pés! Nesse momento a brincadeira eu vou te pegar, proporciona a percepção de velocidade, o rápido, o devagar, podendo ter ainda uma associação do concreto com os animais.
Outro momento tão esperado das crianças é seu aniversário, um ano, dois anos, três anos e de ano em ano vão percebendo a sequência numérica mesmo que simples, compreendendo não só ela, mas a proporção de grandeza entre as próprias crianças em seu tamanho ou aquisições de habilidades.
Sendo assim, trago a pergunta para refletirmos, a matemática é apenas brincar? Não. O brincar da criança desenvolve a matemática, por sua vez, a matemática vem com o objetivo dentro da educação infantil muito além dos papeis, ou tracejados, mas sim a percepção de si e do mundo.
Se olharmos ao nosso entorno tudo pode ter uma relação com a matemática, as regras da sociedade, a organização de casa, as medidas do preparo na culinária, até mesmo o volume de água que desce para levar as fezes da privada. São os eventos naturais e concretos que levam a criança pequena a perceber diariamente os acontecimentos diante da presença da matemática.
Portanto quando pensamos em um educador de crianças pequenas ao trabalhar a matemática, este vai muito além do papel, iniciamos o processo na oralidade da percepção de si com o outro, para depois termos a percepção de si com o meio, por meio de perguntas argumentativas! Os famosos “ Por quês?”, trazendo a todo momento o concreto dentro da realidade desta criança, os exemplos palpáveis e conhecidos por ela.
As crianças estão sempre atentas aos acontecimentos e naturalmente tendem a classificá-los usando suas estratégias, como cores, tamanhos, pareamentos de conjuntos nas brincadeiras etc. Ao mesmo tempo que ela se desenvolve fisicamente no andar, na fala seu avanço cognitivo matemático também acontece.
Podemos concluir que a matemática na educação infantil é como o desenvolvimento físico da criança passando pelos processos do andar, falar até a percepção de si diante do outro ou do meio, caminhando sempre lado a lado com as descobertas da criança.
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