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Ser professor

  • Foto do escritor: Professora Isabel
    Professora Isabel
  • 11 de mar. de 2020
  • 3 min de leitura

Ser professor deve ser pensado como um processo de AÇÃO - REFLEXÃO - AÇÃO. Não se deve ser pensado a AÇÃO EDUCATIVA apenas com simples vivências sociais, pois cabe dentro da ação educativa, um processo de aprendizado técnico, no qual o profissional será capacitado para ministrar suas aulas, para que seja somado junto à sua vivencia social. A formação do professor se faz, ainda hoje, com base em estudos e modelos do passado baseados numa realidade ideal que nunca se concretizou.


Para nós, professores do Quintal da Anita, ser professor vai além de pequenas lembranças ou modelos vivenciadas em nosso passado, para nós, ser professor é educar para a vida. Cada mínimo detalhe se faz importante, pois educamos nossos alunos para serem seres pensantes e somadores de uma sociedade igualitária e diversa. Educamos para que respeitem as diferenças, para que tenham empatia com o próximo. Nossos alunos são possuidores de sentimentos e pensamentos próprios, como um cristal, que em sua essência é uma pedra preciosa. Lapidamos para que esta pedra se torne dona de suas próprias decisões, instigamos o senso crítico, para que em seu futuro possam ter percepções únicas e assim ressignificar toda sua trajetória.


Ser professor está além de nossas faculdades, pois cada aluno é único e tem em si um grande potencial. Cabe a nós, amar, respeitar, educar para a vida e zelar por cada pequenino que nos é confiado. Para educar é necessário que exista significado e cabe ao educador ter a percepção do que é significativo para cada aluno. É necessário que se tenha intenção e cuidado nas palavras, no contato e principalmente na hora de transmitir algum conhecimento. Para Wallon (1989) a afetividade é um dos aspectos centrais do desenvolvimento e diferentemente do que se pensa, o conceito de afetividade não é sinônimo de carinho e amor, pois todo ser humano é afetado positiva ou negativamente e reage a esses estímulos. Somos afetados pelo externo, de uma forma ou de outra, pelos olhares ou por algum objeto que nos chame a atenção por exemplo, assim como também somos afetados por sensações internas como o medo e a fome. É essa condição humana que recebe o nome de afetividade.


Jean Piaget e Lev Vygotsky já falavam sobre afetividade no processo de desenvolvimento, mas foi Wallon, um educador francês que se aprofundou no assunto. Wallon coloca que a vida psíquica é formada por três dimensões, a motora, a afetiva e a cognitiva, tirando a INTELIGÊNCIA como ponto central do desenvolvimento, pois são esses três pilares, que possibilitarão o desenvolvimento íntegro da criança.


Aqui no Quintal, temos as salas PÁSSARO, FAZENDA, SELVA e OCEANO, onde basicamente se faz valer os três pontos que Wallon (1989) se refere, o motor - pássaro, a fala – fazenda, a emoção - selva e a cognitiva – oceano. Os três pontos são trabalhados em ambas as salas, mas vale salientar que dentro do desenvolvimento dos alunos aqui no Quintal, damos como prioridade esses três pontos em suas respectivas salas. Cabe aos educadores do Quintal refletirem sobre eles, dando suporte para os alunos se desenvolverem como seres pensantes, desenvolvendo assim, sua inteligência.




Wallon explica que a afetividade é expressada de três maneiras, por meio da emoção, do sentimento e da paixão. Segundo o educador, a emoção é a primeira forma de expressar a afetividade, é uma ação orgânica não sendo moldada pela razão. Em seguinda, pelo sentimento, sendo um caráter mais cognitivo, momento esse que é quando a criança já sabe falar sobre o que lhe afeta, como o medo por exemplo. Por último Wallon fala sobre a paixão, que é caracterizada pelo autocontrole em função de um objetivo, dominando o medo por exemplo em função de algo a se conquistar.


A emoção ganha destaque nas obras de Wallon, indicando que se o professor consegue entender o que ocorre quando um aluno está cansado ou desmotivado por exemplo, poderá ressignificar a situação utilizando a informação coletada a favor do conhecimento. É dessa forma que buscamos trabalhar com nossas crianças, e é dessa forma que para nós, significa ser professor.


WALLON, H. As origens do pensamento na criança. 1989.

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